Kings of Convenience

Kings of Convenience

Kings of Convenience é formado por Erlend Øye e Eirik Glambek Bøe, dois Noruegueses, voz e violão, trazem como primeira proposta de trabalho o "folk-indie-pop" que eu pessoalmente gosto muito.

A sutileza do folk se desprende das letras de conteúdo Histórico-Mitólogico presente na grande maioria das bandas de Folk.

Sem deixar o meu lado emocional tomar conta desse post, já quero deixar claro que estou escrevendo sobre a banda que foi fundo musical de vários amores....

O ritmo de "Belle and Sebastian" está muito presente no trabalho desses nórdicos.

Discografia: 

Álbuns:

• Declaration of Dependence (2009) (lançamento 02/10/09)
• Riot On An Empty Street (CD) - (2004)
• Quiet Is The New Loud (CD) - Astralwerks - (2001)
• versus (CD) - Astralwerks - (2001)
• Kings Of Convenience (Lançado apenas nos EUA) (CD) - Kindercore - (2000)
• Toxic Girl 7" (Ellet 1999)
• Failure 7" (Ellet 1999)
• Winning a battle, losing a war 7" (Ellet records 1999)

Vou analisar a fase mais madura da banda, os últimos 4 trabalhos. Em ordem cronológica inversa.

Kings of Convenience 
Declaration of Dependence

[2009]

Declaration Of Dependence

Cinco anos depois de seu trabalho anterior, "Riot on an Empty Street", o Duo da escandinávia volta com um álbum interessante e tranqüilo. Não faz tempo que "Quiet Is the New Loud" arrancou elogios pela sua característica de parecer um mantra de tão tranquilo. 

"Declaration of Dependence" retorna com o silêncio melódico escandinávio escancarado para quem quiser curtir duas vozes, duas guitarras acústicas, um violoncelo e uma viola de vez em quando, sem baterias e intervenções que quebrem a melodia, que se aproxima da poesia e perfuma a letra deste mundo musical particular.

O álbum inicia com 24-25, uma música que introduz a intenção do álbum. destacar e valorizar o tema do amor, mas sempre trazendo pra esfera pessoal, destacando a valorização dos dois quando trabalham juntos na música.

"What we built is bigger than the sum of two

...

But somewhere

I lost count of my own

And somehow

I must find it alone"

Sobre a segunda música do álbum "Mrs Cold", percebo traços de Jack Johnson, além do ritmo a percussão também chamou minha atenção.

Outra música que merece destaque é "Boat Behind", o single desse álbum, me deixa feliz e não sei muito bem o porquê!

My Ship Isn't Pretty, é um excelente exemplo de como começar uma música dando um ar de poesia... sem mais palavras leiam essas frase e curtam esse início de música, que destaco ser o maior momento desse Duo, durante esse CD.

"The telegraph gave us hope

Before was the silence and the panic it brought

The sky was the blankest sheet

We drew lines upon it 

So our thoughts could meet

Through cables black and cold

We carry our intentions to bridge

And bring home

Would it all be so clear 

If the lines were erased

And the silence restored?"

Kings of convenience atestam para todos os fins "a bold and beautiful assertion that we are better off together than apart." e sem dúvida que essa última obra mostra isso em todos os parâmetros musicais que consegui analisar!!!!

Kings of Convenience 
Riot on an Empty Street

[Astralwerks / Source; 2004]

Riot on an Empty Street

Esse álbum é especial pra mim, foi através dele que conheci a banda, então imaginem a difícil tarefa de selecionar algumas músicas pra representar o álbum... então, estou com ele aberto aqui no meu player e vou começar a ouvir uma por uma... vamos ver no que dá!

"Homesick", a primeira música, define bem o que é cantar Kings of convenience "... two soft voices blended in perfection". E para aqueles que acompanham a dupla, eles não esqueceram de gravar a bateria nessa música não!!!!

Digo isso porque até para os fans de Kings, foi uma grande surpresa a paz desse CD, não que o trabalho deles não seja guiado por uma melodia única e singular, mas sim por ter um alto contraste com o trabalho anterior "Quiet Is The New Loud".
Durante o álbum percebo uma característica do Duo que gosto bastante, quando ouço com atenção algumas músicas trago uma impressão de proximidade com relação a captação do som, os microfones parecem estar dentro das cordas de tão perto que são posicionados, isso tem um charme todo único e especial desse trabalho.

A segunda música do álbum também não posso deixar de destacar...  "Misread" sem muitas palavras, uma das minhas músicas favoritas deles...

Nessa música destaca-se bem a intenção de proximidade entre os instrumentos e os microfones...

"Cayman Islands" a terceira e com o melhor ritmo para mim... traz uma paz e uma harmonia muito grande entre os vocais... as duas frases da música, a seguir, destacam também um bastante presente característica do compositor, uso da descrição...

"the wind is in your hair, it's covering my view
I'm holding on to you, on a bike we've hired until tomorrow"

"I'd Rather Dance with You" é uma música diferenciada também nesse álbum, acredito ser a única nesse trabalho a valorizar um ritmo com alguma fagulha de dançante!!!!!

Seguindo para os próximos dois trabalhos, eles serão analisados de maneira conjunta, pois o álbum "Versus" traz uma espécie de Remix do álbum "Quiet is the New Loud". álbuns lançados no mesmo ano e na minha modesta opinião marcaram a última fase de amadurecimento da banda, as músicas lançadas no mesmo ano em ritmos diferentes, reflete um momento de auto questionamento da banda sobre os rumos!!!!!

Kings of Convenience  Versus [Astralwerks; 2001] e  Quiet is the New Loud [Astralwerks ] Para discutir algumas músicas desses álbum, é interessante ressaltar que estou fazendo algo incomum para reviews, analisando músicas comparando dois trabalhos que só se diferem pelo ritmo... pessoalmente bem complicado admito, espero com as dicas abaixo possa acender aquele pavio para que você, leitor e apreciador da boa música, sinta a curiosidade que eu tive de ouvir cada uma das músicas e se surpreender com as variações. A primeira música a comparar e por que não antecipar que o leitor se surpreenderá com a grande diferença entre as versões de  "Little Kids" em Quiet... em Versus... Na música "Little Kids" volto a ressaltar como é gostosa a descrição de uma simples situação na voz desse Duo... "Little kids playing in the park downtown Someone's dad is watching From the side of the ground I'm following my shadow so I cross the street Car passing stereo I like the beat" O fascínio por esse álbum de remix é um fato interessante, principalemente se for considerado que as opiniões daqueles que não são fans obcecados, pense comigo, quando um fãn gosta de uma música, ele tem uma tendência de gostar de qualquer versão da música, por pior que seja, hahaha, tudo bem, não todos os fans, mas ok! alguns. O interessante é que esse álbum de remix atesta a qualidade da música desse Duo Norueguês, pois mesmo abandonando em alguns momentos sua principal característica de melodia suave e delicada, chamou a atenção de vários críticos. Outra música que mostro aqui um excelente trabalho em repaginar é "Failure". em Quiet... em Versus... Depois de ouvir atentamente e curiosamente ambos álbuns, concluo que o álbuns com as versões não remixadas é melhor, e realça as características principais da banda... Espero que vocês tenham gostado.... e até a proxima....